O Xadrez na Escola
Este ano introduzimos no currículo da escola a iniciação ao aprendizado de Xadrez. Esta atividade começa a fazer parte do currículo do aluno a partir dos 5 anos de idade. Por se tratar de um jogo que envolve raciocínio lógico, concentração, estratégia e arte, acreditamos que a aprendizagem do Xadrez é fundamental para que a criança comece a desenvolver estas habilidades.
Para conhecermos um pouco mais sobre o Xadrez, primeiramente precisamos entender que ele não é só um jogo, não é só uma arte e nem é só uma ciência. O Xadrez é a mistura de todos estes elementos com um pouco de tempero, aliás, com BASTANTE tempero.
E é por esse e por muitos outros motivos que o xadrez é considerado uma ótima matéria para ser aplicada na escola.
Você deve estar perguntando qual a relação do Xadrez com a educação. Abaixo estão algumas razões que poderão ajudar você a descobrir:
Um estudo realizado na ex-Alemanha Oriental, comparando o desenvolvimento de grupos de estudantes de diversas idades, separando-os em dois grupos: os que jogavam e os que não jogavam xadrez, concluiu-se que:
Em pesquisas realizadas na Inglaterra, chegou-se à conclusão de que a concentração e a habilidade em formular e posteriormente concretizar planos no tabuleiro contribui significativamente para a tomada de decisões e execução das mesmas no jogo muito mais importante, que é o jogo da vida.
No caso das crianças e jovens, o Xadrez estimula o desenvolvimento intelectual; no caso dos adultos e idosos, o Xadrez contribui preservando por mais tempo a agilidade mental.
Educar o raciocínio:
O Xadrez merece crédito, porque ensina as crianças o mais importante na solução de um problema, que é saber olhar e entender a realidade que se apresenta e, além disso, aprender que as peças no Xadrez não têm valores absolutos, que se deve controlar a posição das demais peças, tanto as próprias quanto as do adversário, para armar uma estratégia. Ter a percepção de flexibilidade e reversibilidade do pensamento que ordena o jogo.
Quantas vezes podemos notar crianças fracassando em matemática, por exemplo, ao não entenderem o que o enunciado do problema lhes diz? Não sabem analisá-lo, aprendem fórmulas de memória; quando encontram textos diferentes não acham a resposta correta.
Deve-se conseguir que as crianças encontrem seu próprio sistema de ação e, para isso, tem-se que evitar, sempre que possível, as soluções mecanizadas.
Assim, na escola secundária, com os dados de um teorema e sua idéia, a demonstração pode ser encontrada pelo aluno, porém, para que isso aconteça, é importante um estímulo inicial na educação infantil.
Nossa idéia é que em uma época na qual os conhecimentos nos ultrapassam em quantidade e a vida é efêmera, a melhor ferramenta que a criança pode obter em sua escolaridade é um pensamento organizado.